
A pressão de alta do dólar está muito intensa e continuará assim indefinidamente, se nada for feito em relação à produtividade brasileira.
O BC fez duas claras intervenções hoje e ao cessarem fica evidente que a pressão de alta é significativa, visto que não está se rompendo pela ação da autoridade monetária.
Curiosamente, nossa situação estaria ainda mais devastadora se a bolsa não tivesse desabado, pois nossas reservas estariam sendo consumidas a um ritmo frenético. Por sorte, a queda reduziu o valor possível de conversões para a fuga de capitais do Brasil, realizando praticamente um “confisco” de dólares dos investidores estrangeiros.
O problema?
Não estamos seguros, como vem dizendo Levy. Simplesmente porque nada tem sido feito na causa raiz do problema. Ao ritmo de intervenções atuais, nossas reservas suportam pouco mais de um ano e após esgotadas, se nada tiver sido feito, o real estará acabado e estaremos entre as populações mais miseráveis do mundo, assim como houve na Venezuela.
É preciso entender que nossas reservas não são eternas e continuarão sendo consumidas a um ritmo significativo para conter a alta da moeda, até que se esgotem.Esta intervenção é necessária para possamos segurar a inflação e reduzir o impacto do desequilíbrio econômico sobre a população. O empobrecimento que já colocou 95% da população nacional abaixo da linha de pobreza dos países desenvolvidos.
Essencialmente, o consumo e o bom uso destas reservas é que delimitam o prazo que temos para desarmar a bomba relógio econômica, armada pelo governo PT… Tanto o fim das reservas, como sua incapacidade de conter o dólar abaixo da casa dos R$ 5,00, são os pontos de não retorno, a partir dos quais o PT terá nos legado um retrocesso histórico e níveis de pobreza relativa, nunca vivenciados pelo país, desde o início de sua história republicana.