
Entre capitalismo e comunismo eu escolho…. NENHUM DELES…. Pautados em duas visões de mundo enfraquecidas pelo tempo e pelas novas realidades (cartesianismo e dialética), estas abordagens se mostram limitadas para lidar com um mundo cada vez mais complexo e interligado.
Há algum tempos que sabemos que o capitalismo possui dificuldades em termos de sustentabilidade ao longo do tempo, pelas disfunções que provoca em relação à regeneração, à degradação e a distribuição de recursos… Este reconhecimento dos limites do capitalismo fez com que muitos pensadores se debruçassem sobre a idéia do Comunismo. Mas também já sabemos que este fracassa já em seu primeiro estágio de implementação pois ignora a natureza humana e limita o poder criativo individual, o que pode levar à estagnação científica e tecnológica em esferas de aparente desinteresse social de curto prazo.
Em essência, enquanto o Capitalismo é uma afronta à idéia de igualdade, o Comunismo atua como uma afronta à liberdade individual.
O grande dilema é que ainda não temos nada para colocar no lugar e sabemos que todo novo sistema deve ter um desenvolvimento orgânico (sistemas teóricos dificilmente são implementados como previsto). Então como fazer e como pensar este novo sistema?
Primeiro é preciso reconhecer que diferente do que muitos pensam, não estamos presos a esta dicotomia. Há uma luz no fim do túnel. Desde o início do século XX novas formas de perceber o mundo vêm sendo discutidas. Muitas delas transcenderam a filosofia e tiveram grande sucesso, mesmo nas chamadas ciências Hard. Filhas de uma nova forma de entender os problemas complexos (focada na dinâmica e não nas partes), as teorias sistêmicas são capazes de explicar com enorme capacidade preditiva, desde o comportamento das moléculas de gás, até as complexas interações sociais e ecológicas.
Ainda estamos distantes de ter uma idéia do que seria um sistema econômico sustentável e igualitário, sob a ótica das teorias sistêmicas. Há muito trabalho a ser feito. Mas o que já se sabe é que esta visão é aquela que se mostra mais preparada para atender aos anseios da sociedade contemporânea. Uma terceira via que não seja limitadora do potencial humano, seja sustentável e, acima de tudo, justa.